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Um levantamento feito pela CNN, com base em dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que praticamente metade das vagas formais criadas no Brasil, em 2021, foi aberta pelo setor de serviços. Os dados foram compilados nesta terça-feira (1).
Em valores absolutos, os serviços foram responsáveis pela criação de 1.226.646 novos postos de trabalho em 2021. No mesmo período, levando em consideração todos os setores produtivos, o Brasil ganhou 2.730.597 vagas formais.
O saldo no ano foi de 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões. O número é o maior saldo positivo registrado para anos fechados de toda a série histórica do Caged, iniciada em 2010.
m 2021, analisando todos os meses, o número de vagas do setor de serviços só não cresceu em dezembro, quando foram perdidos 104.670 empregos formais. Já o melhor período do segmento foi registrado em agosto, com uma criação de 180.888 novos postos de trabalho.
O professor e economista do Ibmec, Christiano Arrigoni, explicou à CNN que o setor de serviços foi o mais afetado pela pandemia de Covid-19, mas, com a flexibilização e reabertura econômica, o setor vem crescendo. Ele ainda explica que o segmento é responsável por 60% de todas as transações financeiras no país.
“O setor de serviço representa mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e mais de 60% dos empregos. E é um setor bem heterogêneo, que vai desde cortes de cabelo, manicure, até serviços de transporte. Dentro dos segmentos, os serviços presenciais foram os mais prejudicados por conta da Covid-19. E conforme a pandemia foi diminuindo, eles voltaram a ofertar empregos”, destacou Christiano Arrigoni.
Na divisão regional, o Norte teve a maior geração percentual de vagas, com crescimento de 8,62%, enquanto o Sudeste teve a maior geração, com 1.348.692 novos postos. A menor geração percentual foi no Sul, com alta de 6,6%, e o Norte foi a região que abriu menos vagas, 154.667.
No acumulado de 2021, o salário médio de admissão ficou em R$ 1.921,19. O setor de Serviços foi o que mais contratou, com 1.226.026 novas vagas formais, seguido por Comércio (643.754), Indústria (475.141), Construção (244.755) e agropecuária (140.927).