Avenida Cláudio Antônio de Souza, 243 - Sala 02,
Roçado, São José, S. C.
Atendimento:
Segunda a sexta-feira
08:30h -12:00h / 13:30h - 18:00h
Pode parecer estranho, mas mascar um chiclete especial pode ajudar a diminuir a concentração de coronavírus na saliva da pessoa infectada. Esse foi o experimento desenvolvido por cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
De acordo com a publicação feita no jornal científico Molecular Therapy, são incluídas na produção da goma de mascar cópias de uma proteína da superfície da célula chamada ACE2, que o vírus utiliza como porta de entrada para infectar a célula. Esse chiclete consegue reter partículas do Sars-CoV-2 e diminuir a quantidade do coronavírus dentro da boca do infectado. Com isso, os pesquisadores acreditam que o chiclete vai ajudar a conter a transmissão da Covid-19 durante a fala, tosse ou respiração.
Nos estudos em laboratório foram coletadas amostras da saliva de pacientes e verificou-se que o vírus se ligou à proteína do doce. O resultado foi uma diminuição superior a 95% da carga viral nas amostras pesquisadas.
A goma de mascar com proteínas que prendem o vírus oferece uma estratégia geral acessível para proteger os pacientes da maioria das reinfecções orais do vírus por meio da redução de volume ou minimizando a transmissão para outras pessoas. Confirmando a maior suscetibilidade dos pacientes infectados para a entrada viral", explicaram os cientistas na publicação.
No ensaio, os pesquisadores usaram um placebo, chicletes convencionais sem nenhum efeito, e as gomas com a proteína incluída. Os cientistas dizem que o produto experimental não tem diferença se comparado ao convencional. Ambos têm os mesmos sabores e podem ser armazenados por anos sem a necessidade de temperatura especial, e a mastigação não destrói as moléculas da proteína ACE2.
O uso da goma de mascar para reduzir a carga viral na saliva ajudaria a aumentar o benefício das vacinas e seria particularmente útil em países onde os imunizantes ainda não estão disponíveis ou acessíveis, já que os custos são baixos, acreditam os pesquisadores americanos.
Muitas empresas já começam a realizar o retorno gradual do trabalho presencial. O infectologista Rodrigo Mollina, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que algumas condutas pode ser adotadas para minimizar o risco de transmissão do coronavírus, como realizar refeições rápidas e com distanciamento e preferir ambientes bem ventilados