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A presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Ana Tércia Rodrigues, e o auditor e conselheiro de empresas, Rogério Rokembach, comandaram o painel “Contabilidade – ética, protagonismo, verdades [in]convenientes” nesta quarta-feira (20). A apresentação fez parte da agenda do segundo dia da XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e da XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CCRS). O painel foi moderado pela contadora Grace de Avila Rodrigues.
Durante o painel, a dupla convidou o público para uma mudança de postura que esteja alinhada com as transformações tecnológicas, sociais e culturais que marcam o século XXI. Os profissionais da contabilidade foram levados a refletir sobre a necessidade de se abandonar antigas verdades tidas como absolutas. Inovação, protagonismo, ética, consciência social e sustentabilidade foram alguns dos temas que nortearam o bate-papo.
Dentro do bloco que tratou das verdade “[in]convenientes”, os painelistas falaram sobre a valorização profissional, destacando que a construção de um posicionamento favorável depende das ações e da postura dos próprios contadores, a partir da busca pelo aprimoramento, pela ampliação da visão horizontal, por mais preocupação com a sustentabilidade e ainda em garantir impactos positivos para a sociedade. “Cada um vai ter que fazer o seu melhor. Nós vamos ter que nos reconstruir, que nos aprimorar”, afirmou Rokembach.
Outro ponto dentro dessa temática foi a reflexão sobre a atratividade da profissão e a capacidade da contabilidade de continuar atraindo jovens para seguir a carreira. Sobre essa pauta, Ana Tércia destacou elementos, como propósito, valor agregado e a capacidade de se reter talentos. “Falar da atratividade da profissão é pensar em propósito porque o jovem de hoje não está mais guiado só por dinheiro”, pontuou a presidente do CRCRS.
O conhecimento técnico, a atualização constante, assim como a importância do networking também foram apontados pelos painelistas. No entanto, Rokembach alertou o público que não adianta o profissional ter conhecimento técnico se não o transformar na busca por um mundo melhor.
O último tópico apresentado, dentro desse bloco, foi a questão do mercado. Nessa etapa do painel, Ana Tércia, defendeu a integração e o diálogo entre a universidade e o mercado de trabalho como uma forma de fortalecer as duas partes.
O próximo bloco da exposição tratou da necessidade de os contadores adotarem uma postura ética no seu dia a dia e estarem atentos para assuntos, como gênero, inclusão e sustentabilidade.
Para fechar a apresentação, os painelistas convidaram os contadores a ser protagonistas. A orientação ao profissionais foi de pararem de colocar a culpa e assumir uma postura ativa. “É parar de se sentir a vítima e passar a ser o agente de qualquer coisa que a gente queria fazer mudar”, enfatizou Ana Tércia.