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O dólar comercial fechou em alta nesta quinta-feira (14). A moeda terminou a R$ 1,765, valorização de 0,28%. Na véspera, a moeda também subiu e fechou a R$ 1,76.
A ausência de um movimento firme no cenário internacional, com o dólar praticamente estável ante as principais moedas ao longo do dia, favoreceu a predominância dos fatores internos e permitiu um fim de sessão com poucas variações.
Marcelo Oliveira, operador de câmbio da corretora BGC Liquidez, afirmou pela manhã que bancos mostravam pouco interesse em realizar operações, já que o dólar era cotado no maior nível em três semanas.
Tony Volpon, estrategista da Nomura Securities International, em Nova York, avalia que "o mercado parece muito bem equilibrado entre vendedores de dólares nos setores financeiro e corporativo e compradores de moeda entre estrangeiros e o governo".
Mas o nível relativamente alto das cotações pode atrair exportadores, mesmo com o início de ano relativamente ruim da balança comercial, dizem profissionais de mercado. Segundo muitos analistas, há um estoque de dólares represado no exterior que poderia ser trazido pelos exportadores.
Além disso, a oferta de moeda também pode ser reforçada por operações no mercado de capitais. BNDES, Votorantim e BicBanco já completaram emissões de bônus, e o mercado aguarda a conclusão das emissões do Banco do Brasil e da Brasil Foods, além de uma série de ofertas de ações, como a da Aliansce, com até US$ 1,14 bilhão.
"Nós esperamos que os ingressos por operações financeiras no curto prazo e o investimento estrangeiro direto no longo prazo continuem a valorizar o real ante o dólar. A lista de IPOs registrados para o primeiro trimestre está crescendo rapidamente para mais de US$ 3 bilhões", escreveram analistas do banco HSBC, em relatório.
A perspectiva de um aumento do fluxo, aliada à possibilidade de que as compras do BC e do Fundo Soberano deixem os bancos em posições vendidas também no mercado à vista, pode provocar o início de uma tendência de queda do dólar caso o mercado internacional mostre boas condições de liquidez, avaliam profissionais de mercado.