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“Por favor, desligue o celular.” O aviso, comum em entradas de cinemas, teatros, bibliotecas e auditórios, não é em vão. Afinal, não existe nada mais incômodo do que ter a atenção dispersada por uma conversa alheia de alguém que insiste em usar o telefone móvel em ocasiões pouco oportunas. No entanto, numa época em que se depende cada vez de gadgets e de novas ferramentas de comunicação no cotidiano (seja para trabalho ou lazer), o celular não é o único vilão dos bons modos. Ao lado do popular aparelho, as redes sociais, os mensageiros instantâneos, os e-mails e tantas outras novidades, como notebooks e até os populares tocadores de MP3, têm causado desconforto e mal-estar em muita gente.
Apesar de não haver um manual específico de etiqueta para o mundo moderno, que fale sobre quais os usos mais adequados para esses itens, cada vez mais as pessoas se conscientizam de que há situações em que eles devem ser usados com bons modos para não gerar alguma situação embaraçosa. De acordo com uma pesquisa realizada pela Harris Interactive, a pedido da Intel, a maioria dos adultos dos Estados Unidos com acesso à web afirma que existem, sim, regras não oficiais sobre o uso da tecnologia. Sete em cada 10 pessoas ouvidas pelo instituto, por exemplo, concordam que as violações dessas regras de etiqueta dos novos tempos, como checar e-mails, enviar mensagens de texto e fazer chamadas na companhia de outros, são inaceitáveis.
O corretor de imóveis Nélio de Souza Inácio, 31 anos, sempre leva consigo quatro celulares, mas afirma que faz questão de desligá-los sempre que necessário. “Sempre que acontece com outras pessoas (de tocar o telefone no meio de algo importante), eu acho falta de educação”, conta.
A também corretora Natiele Portilho, 23 anos, lembra que já passou por situações incômodas por conta dessas ferramentas do mundo atual. “Certa vez, entrei em uma reunião com 600 pessoas e o celular começou a tocar. Todo mundo parou e ficou me olhando. Pensei que tivesse colocado no silencioso, mas descobri, da pior maneira, que não”, lembra. Ela acredita que a necessidade de estar constantemente conectado é uma das causadoras desse tipo de embaraço. “A vida atual exige isso das pessoas. Tenho que ser encontrada aonde eu for”, defende-se.
Adaptação
Não é só Natiele que pensa assim. A mesma pesquisa descobriu que 63% dos entrevistados concordam que dispositivos móveis como notebooks, netbooks e celulares fazem parte do dia a dia e que a sociedade precisa se adaptar ao fato de que as pessoas os utilizam o tempo todo. “As regras sociais para as novas tecnologias continuam sendo criadas para todas as culturas e locais de todo o mundo, e a etiqueta continuará a mudar e a se adaptar a isso com o passar do tempo”, declarou Genevieve Bell, etnógrafa e diretora do Grupo de Experiência do Usuário da Intel.
No entanto, é importante saber quando se ultrapassa a barreira que separa a necessidade do exagero. “A invasão de privacidade é um dos maiores problemas do mundo eletrônico. Hoje, podemos incomodar quem quer que seja a qualquer hora do dia ou da noite, via e-mail ou celular”, alerta José Luiz Cunha, diretor da OZ! Organize sua Vida, uma empresa que realiza cursos sobre organização pessoal e tecnologia e dá dicas sobre etiqueta.
Ele lembra que o deficit de atenção causado pelo uso desenfreado de tecnologias é outra falta de respeito só existente no mundo moderno. “Usar a internet, enviar torpedos, jogar games e até mesmo conversar ao telefone enquanto está no papel de espectador ou ouvinte de outra pessoa é um horror”, conta. Para Cunha, além de não fazer feio entre os amigos, as pessoas devem ficar atentas para não se prejudicarem no trabalho. “No ambiente profissional, esse tipo de gafe não só é percebida como prejudica muito a imagem de quem comete esse tipo de indelicadeza”, salienta.
Para a consultora e autora do livro Negócios, negócios, etiqueta faz parte, Cláudia Matarazzo, as pessoas têm que aprender a identificar os momentos propícios para o uso desses aparelhos. “O problema é que eles acabam gerando uma ansiedade que as pessoas não sabem controlar, o que gera um distúrbio de comportamento”, diz, lembrando que existem maneiras discretas de se avisar ao próximo que ele está sendo indelicado. “Por exemplo, se tiver uma reunião com um cliente, avise que você vai desligar o celular para não ser incomodado, já que aquele momento é importante”, sugere. “O fato de atender toda hora o celular dá a impressão que a pessoa é ansiosa e pouco organizada com o tempo, o que pode inviabilizar muitos negócios.”
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Meu blog, meu trabalho
Tidos no início apenas como ferramentas de diversão, os blogs têm se tornado cada vez mais uma fonte de receita para quem leva essas páginas a sério. De acordo com um levantamento realizado pelo site Technorati, 17% de um total de 2,9 mil blogueiros que responderam à pesquisa afirmaram que têm o blog como fonte principal de renda. Outro caminho pelo qual conseguem remuneração são os convites para palestrarem sobre os temas que blogam — é o caso de 24% dos entrevistados. Outra categoria que começa a se consolidar é a de blogueiros contratados por corporações, ou daqueles autônomos que conseguem algum tipo de remuneração com o blog — comercialização de publicidade, por exemplo.
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HD externo de 640GB
Para a alegria daqueles que gostam de baixar conteúdo na internet e volta e meia se veem com o disco rígido abarrotado de músicas, fotos e filmes, a Western Digital acaba de trazer para o mercado o Scorpio Blue, o disco rígido para notebook com maior capacidade disponível por aqui. Ao total, são 640GB (dois discos de 320GB). De acordo com o fabricante, o modelo, que consome 30% menos energia quando comparado com a geração anterior, integra tecnologias que calculam as velocidades de busca de arquivos ideais para reduzir o consumo de energia, o ruído e a vibração. O Scorpio Blue tem o preço sugerido de R$ 479.
» SHOW ONLINE
U2 movimenta YouTube
O primeiro show transmitido ao vivo pelo YouTube foi um sucesso. No último domingo, 1,3 milhões de fãs da banda acompanharam em tempo real a performance do quarteto irlandês no estádio Rose Bowl, em Pasadena, nos Estados Unidos. A apresentação foi transmitida para países como Brasil, Austrália, Canadá, Reino Unido, Espanha, Estados Unidos, França, Irlanda e Itália, entre outros, e contou com alta qualidade de som e imagem. De acordo com o agente do U2, Paul McGuinness, a banda irlandesa pretendia há algum tempo realizar algo desse tipo.
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